Esses dias me peguei sentada agarrada na Júlia cheirando o “cangote” dela. Respirando loucamente e tentando guardar com força aquela imagem. Cheiro é uma conexão forte demais para o nosso cérebro e eu queira me aproveitar disso.
Eu não sou uma mãe de pegar no colo toda hora. Nem tenho muito jeito para isso. Mas nesse dia eu passei longos minutos com ela no colo, sentindo o cheiro dela.
Essa coisa de cheiro de bebê é engraçada. As pessoas falam: “eu adoro cheiro de bebê…”, mas omitem o restante da frase.
A verdade verdadeira, a frase completa, deveria ser assim: “Eu adoro cheiro de bebê quando acaba de sair do banho e passa perfume”.
Bebês têm, na maior parte do tempo, cheiro de gorfo. Do leite que sempre volta um pouco e fica ali nas dobrinhas do pescoço, nas mãos que eles colocam na boca e na gola da roupa – mesmo que você tenha usado babador.
O cheiro a que as pessoas se referem é sempre perfume. Sempre. Acredite em mim. A indústria criou um cheiro maravilhoso de bebê e é ele que conecta nossas lembranças. Mamãe bebê. Giovana baby. Escolha o seu.
Júlia gorfou na mamada anterior. Mas foi o Mamãe Bebê que borrifei no “cangote” e guardei na memória. Ainda bem que ele é uma delícia.